A ARCA DE NOÉ
Há muitos anos, numa terra distante, vivia um velho e sábio camponês chamado Noé. Ele era um homem bom e vivia com sua família uma vida tranqüila e pacífica. Eles cultivavam figos e uvas sob o calor do sol e punham ternura nas mãos para tratar dos animais.
Um dia, quando estava cuidando da sua plantação, Noé ouviu a voz de Deus. "Noé", disse Deus, "uma grande inundação está se aproximando. Eu quero que você construa um barco bem grande, uma arca. Então coloque dentro da arca dois de todos os tipos de animais que existem no mundo. Sua família e essas criaturas serão salvas da enchente".
Noé fez o que Deus pediu. Juntou uma grande quantidade de madeira que havia nas suas terras. Dia após dia, ele e seus filhos - Sem, Cam e Jafé - martelavam e pregavam as pranchas da arca.
Finalmente o enorme barco estava pronto. Havia uma rampa de madeira que chegava até a porta. Assim que Noé pôs de lado suas ferramentas, seu filho Sem chamou. "Pai", gritou ele, "olhe lá".
Noé olhou e viu, descendo pelas estradas e colinas, animais grandes e pequenos que se aproximavam. Pássaros enchiam o ar. Formigas joaninhas e aranhas comam pelo chão. Com um retumbar de passos e uma agitação de asas, os animais entravam na arca. Com seus passos de trovão, os elefantes balançam a rampa todinha. Coelhos enormes saltavam. Andorinhas faziam vôos rasantes sobre as cabeças. A família de Noé observava o embarque, enquanto um macho e uma fêmea de todos os animais existentes na terra encontravam um lugar a bordo da arca.
O interior da arca estava lotado e os animais se acomodavam nas camas feitas de palhinha.
Noé sentiu um leve toque no seu ombro. Era um assustado pombinho branco, inclinando-se para junto dele. "Não se preocupe, pequenino", disse Noé acariciando o pescoço do passarinho. Então Noé levantou a cabeça para escutar. As primeiras gotas de chuva começavam a tamborilar no casco da arca.
E choveu, e choveu e choveu. A água levantou a arca do chão. Flutuando na enchente, ela subiu acima das árvores. Depois, acima das mais altas montanhas. A chuva caiu por 40 dias e 40 noites.
Os animais se sentiam seguros dentro da arca enquanto ela era levada pelas águas. A família de Noé alimentou-os e lhes deu banho. Sem esfregava as costas dos porcos, Jafé lixava as unhas das patas do rinoceronte... E o pombinho ia para todo canto empoleirado no ombro de Noé.
Finalmente a chuva parou. As águas acalmaram. A luz do sol brilhou no convés molhado da arca. Noé abriu uma janela. "Vá, amiguinho” disse para o pombinho. "Vá por aí e procure por terra".
O pombo voltou duas horas mais tarde, cansado e triste. Noé deixou-o descansar por uma semana. Então o soltou novamente. Desta vez o pombinho voltou todo alegre, com um ramo de oliveira no bico. "Terra!", gritou Noé. "Abençoado seja, pequenino!".
Assim que a água começou a baixar, Noé viu que a arca estava pousada no alto de uma montanha. As árvores e os campos começaram a aparecer logo abaixo. Quando a terra ficou seca, Noé abriu as portas da arca. Aos pares e em famílias, os animais deixaram o barco. Eles corriam, voavam e deslizavam pelo vale ensolarado.
Um lindo arco-íris apareceu no céu. E Deus falou novamente com Noé. "Este arco-íris é um sinal”, disse Deus. "Eu prometo que nunca mais uma inundação irá cobrir toda a terra novamente".
E Noé e sua família, mais um casal de pombinhos, se instalaram no vale. Eles viveram sempre felizes, sob tempos de chuva e sol.
Oração final: Senhor, obrigado pela sua promessa e por não nos abandonar. Amém!
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